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Wilson Santana

Graduado em Administração e Matemática, pós-graduado em Finanças e Controladoria, analista sênior da CEF-Matriz (Caixa Econômica Federal), concursado desde 1989.

Nunca fui de estudar muito para fazer provas de concursos públicos, mesmo enquanto estava na escola. Meu segredo era prestar atenção e ficar 100% concentrado no que o professor explicava em sala de aula e me desligar de tudo demais que acontecia ao meu redor. Eu realmente dava trabalho para meus professores, pois na hora que surgia as dúvidas eu os questionava até entender o que estava sendo ensinado, também sempre procurei me manter bem informado, lia constantemente jornais e revistas "instrutivas", procurava ver documentários e programas educativos, escutar noticiários nas rádios, inclusive a Voz do Brasil.

Comecei a trabalhar com 18 anos (1985) no Banco Bradesco, por necessidade e com indicação de um amigo. Na época tinha acabado de me casar e minha esposa estava grávida. Em 1987, tive minha primeira aprovação em concurso, foi para o Banco de Brasília, também fui aprovado para o DASP (antigo Departamento de Administração do Servidor Público) em 1988, cujas funções foram assumidas pelo Ministério do Planejamento, já tinha batido na trave por três vezes. No BRB minha classificação foi intermediária, mas devido aos famosos planos econômicos (Bresser I e II, Collor), o processo de admissão de funcionários públicos ficaram travados.No DASP, não pude assumir devido a dificuldade econômica, pois o salário inicial era menor do que eu ganhava no Bradesco, como estava casado e já com uma filha de alguns meses e outro para nascer, minha esposa estava grávida novamente, era impossível pensar em diminuir o já minguado salário, não se tratava de uma questão de opção por uma carreira pública e sim de sobrevivência. Como Deus é grande e não desampara os Seus, fiz concurso para CAIXA também no ano de 1988, esse era o meu principal alvo de concurso.

Sempre tive muita facilidade de raciocínio "lógico" e também com a matemática. Lembro que a prova da CEF (Caixa Econômica Federal) foi dividida em duas partes, a primeira era composta de 90 questões de raciocínio lógico para concursos que tinham que ser respondidas em 45 minutos já contando o tempo para marcação do cartão. Já nessa fase da prova eu sei que eliminei 90% dos meus concorrentes, pois costumava fazer cálculos "de cabeça" e por não precisar rascunhar no papel tive vantagem com relação ao tempo que era muito pouco, consegui fazer todas as questões, inclusive algumas que tinha deixado para se sobrasse tempo no final . A segunda parte era de português, matemática e conhecimentos bancários, como eu já trabalhava na área bancária, não tive muitas dificuldades. Foram 42 mil canditados inscritos somente em Brasília, dos quais apenas 2 mil foram aprovados, fiquei na colocação de 207º. No âmbito nacional houve apenas 3% de aprovação.

Desde que surgiu os computadores sempre me atualizei com as novidades da área de informática, algo que tenho por hobbie até hoje. Uns seis anos depois que eu já estava trabalhando na Caixa fiz concurso para a Polícia Civil, me inscrevi para dois cargos: agente e papiloscopista. O prova de informática tinha dez questões, na prova para o primeiro cargo acertei todas e no outro errei somente uma questão. Tempos depois fiz a prova do BACEN (Banco Central) para a área de informática e não passei por duas questões.

Formei-me em Administração em 1994 e em 1999 fiz um curso complementar de formação de docentes com habilitação em matemática. No mesmo ano de 1999 fiz o concurso da Fundação Educacional e fiquei em 2º lugar na minha região, mas também não quis assumir, pois teria que deixar o emprego na CAIXA . Gosto de fazer concursos para não perder a prática de fazer provas.

Fiz e faço muitos concursos internos na Caixa a nível nacional, em uns passo e em outros não, faz parte da vida, nem sempre se ganha, devo ter passado em 30% de todos que eu fiz. Já trabalhei em várias agências e hoje estou lotado na Caixa-Matriz (Sede em Brasília). Me sinto satisfeito com meu trabalho, mas não realizado porque ainda falta um degrau para chegar no topo da carreira técnica na qual atuo. Quando eu alcançar essa meta meu objetivo é estudar, me preparar para conseguir uma vaga em outro órgão público. Quem entra nessa de estudar para concursos públicos dificilmente para. A cada aprovação você se sente mais confiante e acredita que consegue ir mais longe.

Um dos últimos concursos que eu fiz foi para a PRF (Polícia Rodoviária Federal). Acompanhei a minha filha mais velha, Stephane Paula, para incentivá-la e tentar ajudar em alguns conteúdos. Só não classifiquei devido algumas mudanças que fiz no final do tempo da prova, mas penso que se passasse também não assumiria, pois não era minha praia.

As dicas que eu posso dar para as pessoas que estão tentando uma vaga no setor público são:

  • O estudo é uma construção cumulativa, às vezes você passou num concurso que você pensou não estar preparado, mas a sua base foi sendo construída desde o grau fundamental. Então, aproveite todos os momentos de estudos, estude sempre e não desanime que uma hora você vai passar.
  • Quando disserem que uma prova foi ou será fácil, desconfie, geralmente nessas provas em que acontecem as maiores decepções, tenha sempre em mente que você poderá passar em muitas provas, mas poderá reprovar muito também, pois cada prova tem um estilo diferente. A aprovação vai depender da sua sintonia com o tipo da prova e do seu momento físico e mental.
  • Sempre procuro em todas as provas gastar 90 a 95% do tempo estipulado pela banca examinadora respondendo as questões, os 5 a 10% restantes do tempo eu passo as respostas para o cartão de respostas, aproveitando para fazer um balanceamento das questões que deixei sem fazer por dúvidas entre duas opções. Geralmente quando saio da escola, após a prova, o local está praticamente vazio.
  • Procuro escolher quais as prioridades nas provas, geralmente faço 1º Português, 2º Matemática, 3º Conhecimentos Gerais ou Atualidades e 5º (por último) Conhecimentos Específicos, a não ser quando o peso de alguma parte é superior.
  • Sempre tive mais dificuldades com português, então essa é a primeira prova que eu faço, por estar com a mente mais "descansada".
  • Depois de cada etapa peço para ir ao banheiro mesmo sem vontade, só para me levantar um pouco, aproveito para beber água, molhar o rosto. Uso esse momento para "esvaziar a mente" do conteúdo que acabei de fazer.
  • Como tenho um senso critico apurado, fico muito atento aos "pegas" das provas, procuro abstrair qual a intenção da banca.
  • Não crio fantasmas nas provas, não vejo o que não existe nas questões. Lembre-se inferências não devem fazer parte do entendimento das questões, o "eu acho" é complicado, geralmente o examinador tenta fazer você ver o que não existe ou desviar sua atenção para o foco da questão colocando partes de texto que são desnecessárias, ou induzindo você a raciocinar de uma forma, mas perguntando outra coisa, o uso de vírgulas, senões, porquês, entretantos e outros conectivos mudam sempre a estrutura da questão, cuidado com o exceto ou com a outra metade da laranja, se o examinador levar você a olhar para uma banda da laranja com quase toda certeza ele vai perguntar sobre a outra parte. Por exemplo, um texto de história pode servir de base para uma questão de geografia ou atualidades.
  • Num concurso geralmente menos de 5% dos inscritos passam, a probabilidade de você estar sentado ao lado de um classificado em potencial é miníma, então nunca cole, confie em você.
  • Aprendi que quando ficamos muito preocupados com o concurso a nossa mente fica bloqueada. Notei isso quando jogava xadrez com meu irmão mais velho. Eu quase sempre o vencia, mas um dia perdi quatro vezes seguidas. Meu irmão me disse que eu estava muito preocupado, nervoso e sem alegria, por isso não conseguia me concentrar no outro lado do jogo e só perdia. Há o outro lado do jogo numa prova é a banca examinadora, e ao bloquear sua mente você vê, mas não enxerga. Os detalhes passam desapercebidos.
  • Nunca faça um concurso com grandes expectativas ou responsabilidade de passar, pois se você agir assim, qualquer branco que você tenha em alguma questão, faz com que você erre quase todas as questões posteriores, quando você deveria apenas deixar a questão para fazer no final. Faça prova sempre sem ansiedades e sem cobranças pessoais, procure dar o seu melhor, o demais deixa para Deus.
  • Não mude suas respostas no final da prova, a não ser que tenha plena certeza, pois geralmente sua primeira percepção é a correta, você pode trocar o certo pelo errado.
  • A média de nota de corte é aproximadamente 70% de acerto das questões, tem sido assim desde que comecei a fazer prova. Se a prova vale 100 e você tirou 70, essa é uma boa nota, porém para ser classificado entre os que tem mais chances de assumir o cargo, a faixa de notas, fica entorno de 80% e 85% de acertos, dependendo da banca e do números de candidatos por vaga, assim se você é daqueles que tem medo de chutar algumas questões em que tem dúvidas, pense no percentual de acertos daqueles que são aprovados, você não pode se dar ao luxo de deixar muitas questões em branco sob pena de se excluir do grupo dos que realmente estão concorrendo, lembre-se se a nota máxima da prova é de 100 pontos, de nada vale você responder apenas 60% da prova, pois os que serão aprovados farão cerca de 80% dos pontos.

Tranquilidade sempre.

 

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