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Projeções e Cenários para o Turismo no Brasil

Metodologia

A elaboração de cenários é uma das principais ferramentas auxiliares ao processo de planejamento e definição de estratégias. Considera a análise do passado e do presente dos principais eventos econômicos e não-econômicos para reduzir as incertezas em relação ao futuro. É útil para orientar os gestores, públicos e privados, a respeito das condições internas e externas que afetam a dinâmica da atividade, e fazê-los conscientes das variáveis que afetam o desenvolvimento do turismo no País. Entretanto, vale ressaltar que a elaboração de cenários é um exercício na tentativa de "previsão de incertezas".

Em relação à construção de cenários, existe uma série de métodos de análise e um conjunto diversificado de técnicas utilizadas, ente os quais destacam-se:

Análise Lógica Indutiva

Não utiliza nenhum algorítimo matemático e admite que as decisões sejam fundamentadas em um conjunto de interrelações e interdependências adimensionais envolvendo variáveis sociais, políticas, tecnológicas, ambientais, e econômicas;

Análise de Impactos de Tendências

Baseia-se nas técnicas de previsão clássica (modelos econométricos combinados com técnicas de distribuição de probabilidades e análises qualitativas). Segundo Grumbach & Marcial, a vantagem dessa análise é que ela proporciona sinergia entre os fatores qualitativos e os métodos analíticos.

Análise de Impactos Cruzados

Tem como pressuposto a existência de interrelações de eventos futuros, que são quantificados e avaliados através do cruzamento de probabilidades. Apesar de ser bem mais flexível do que os modelos econométricos, a subjetividade na atribuição das probabilidades aos eventos pode comprometer o processo.

Análise de Godet

Método desenvolvido por Michel Godet e constituído por duas etapas: (i) a Construção da Base, que tem como objetivo a delimitação do sistema a ser analisado, a determinação das variáveis-chave através da análise estrutural e o estudo da estratégia de atores; e (ii) a Construção de Cenários que, além de elaborar hipóteses, deverá hierarquizar os cenários. Esse é o método mais utilizado para elaborar cenários que envolvem sistemas complexos.

Analisando essas metodologias, decidiu-se utilizar a combinação entre os métodos de Análise Lógica Indutiva e Análise de Impacto de Tendências na construção dos cenários do Turismo 2011-2014, por serem considerados os mais adequados para o conjunto de informações disponíveis.

A combinação das duas técnicas de análise permite identificar e selecionar as combinações coerentes e plausíveis, delimitando o conjunto de possibilidades para o futuro do Turismo brasileiro, pra os próximos quatro anos.

Assim, utilizando os conceitos de crescimento do Turismo e de competitividade turística, e combinando as hipóteses alternativas para um conjunto de incertezas críticas externas e internas, foram desenhados três diferentes cenários para o Turismo brasileiro nos próximos quatro anos.

O primeiro cenário combina condições externas e internas favoráveis cujo resultado é o crescimento acelerado do Turismo com ganhos de competitividade turística. O segundo cenário combina condições externas e internas moderadamente favoráveis, o resultado é o crescimento moderado do Turismo com pequenos ganhos de competitividade turística. E, por último, o terceiro cenário, que combina as condições externas e internas desfavoráveis, cujo resultado é o crescimento inercial com problemas de competitividade.

Na sequência, são apresentadas as premissas e seu comportamento em cada um dos cenários analisados.

PREMISSAS

Para a construção dos cenários para o Turismo no Brasil no período 2011 a 2014 foi elencada uma série de premissas que impactam o desenvolvimento do setor. Essas premissas devem ser acompanhadas ao longo do tempo, em um processo permanente e sistemático de avaliação da realidade à luz do que foi antecipado, de forma a ajustar a estratégia na medida em que esta é implementada.

As premissas foram divididas em dois grandes grupos: condições externas ao setor de turismo e condições internas ao setor. No grupo de condições externas, encontram-se as variáveis que o setor de turismo brasileiro, público e privado, exercem pouca ou nenhuma governança. Dentre estas, as premissas externas foram divididas em:

  • Dimensão Econômica
  • Dimensão Política
  • Dimensão Ambiental
  • Dimensão Social
  • Agenda Governamental

No grupo de condições internas, destacam-se as premissas que o setor de Turismo possui responsabilidade e influência direta sobre as decisões e, consequentemente, é responsável pelos resultados. neste contexto, as premissas foram divididas em seis grupos:

  • Estrutura de Mercado
  • Governança e Investimentos Públicos
  • Investimentos Privados
  • Acesso e Mobilidade
  • Turismo Internacional
  • Turismo Doméstico

Condições Externas

Dimensão Econômica

O Turismo é um setor econômico dinâmico, globalizado e fortemente influenciado por diversas variáveis, tais como, o nível de renda per capita, taxa de câmbio, crescimento da economia mundial, nível de crédito, taxa de juros, entre outras. A retomada do crescimento da economia mundial após a crise iniciada em 2008 deverá possibilitar uma expansão da economia mundial, o que será fundamental para impulsionar o setor de Turismo. No entanto, existem ainda alguns fatores que podem inibir o ritmo de crescimento da economia mundial em um período pós-crise e, consequentemente, da economia brasileira. Por exemplo, um possível aumento na taxa de juros dos Estados Unidos pode reduzir a capacidade de expansão da economia mundial e afetar negativamente a economia dos países emergentes, como o Brasil.

Em relação às finanças internacionais, a alta liquidez internacional e as baixas taxas de inflação têm possibilitado o registro de taxas de juros reais menores, reduzindo o custo de financiamento das economias emergentes e possibilitando uma tendência de declínio nas taxas de juros internacionais. O bom desempenho das economias dos países em desenvolvimento e as projeções otimistas, em relação ao crescimento sustentado no médio prazo, tende a aumentar o fluxo de investimentos para esses mercados nos próximos anos.

No que tange à economia nacional, a continuidade das políticas macroeconômicas tem demonstrado o compromisso do país em relação à responsabilidade fiscal, estabilidade monetária e câmbio flutuante. É importante destacar que o regime de câmbio flutuante permitiu o ajustamento das contas externas, o que possibilitou uma renegociação voluntária das dívida externa, com o melhoramento do seu perfil. Neste cenário, a vulnerabilidade do país vem se reduzindo sistematicamente, trazendo impactos importantes para as variáveis que afetam diretamente o Turismo, como, por exemplo, a taxa de câmbio (US$).

A valorização da moeda nacional tem favorecido a expansão das importações brasileiras, fator que tem sido considerado positivo para o País, uma vez que cerca de 70% das compras externas está diretamente vinculada à indústria, correspondendo à compra de matérias-primas e máquinas para a modernização do parque industrial. Com a estabilidade macroeconômica interna e a redução na vulnerabilidade externa, o Risco Brasil caiu significativamente e, como um dos resultados diretos, a economia brasileira obteve a classificação de investiment grade. Com a classificação, as empresas brasileiras tiveram maiores facilidades para captar recursos no mercado internacional, o que deverá aumentar o ritmo de crescimento da economia nacional.

No entanto, essa valorização do real acabou afetando de maneira negativa o saldo da conta Turismo da balança de pagamentos, uma vez que a entrada de divisas é menos sensível à variação na taxa de câmbio do que as despesas, como mostra o gráfico a seguir. Essa menor sensibilidade da receita de divisas em relação à taxa de câmbio se explica por dois motivos: primeiro, apesar do fluxo intrarregional (a América Latina representa 38% do mercado emissor para o Brasil) ser muito sensível às variações no câmbio, o fluxo interregional, que representa 62% (principalmente América do Norte e Europa), é pouco sensível; segundo, as viagens de negócios são menos sensíveis à variação na taxa de câmbio do que as viagens de lazer. Assim, sendo tudo o mais constante gera uma desvalorização cambial, o que tende a aumentar a entrada de divisas, uma vez que, apesar de não afetar a vinda dos turistas europeus e norte-americanos, atrai mais turistas sul-americanos e, por conseguinte, mais divisas.

Gráfico EVolução Conta Viagens

Para a dimensão econômica, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Crescimento da economia mundial;
  • Crescente investimento estrangeiro no Brasil;
  • Comportamento do preço do petróleo;
  • Comportamento da taxa de juros norte-americana;
  • Manutenção da política macroeconômica vigente;
  • Comportamento da taxa de juros reais do Brasil;
  • Comportamento da Inflação no Brasil;
  • Comportamento da taxa de câmbio;
  • Comportamento do Risco-país;
  • Evolução do crédito ao consumidor;
  • Taxa de crescimento da renda per capita do brasileiro;
  • Expansão do consumo das famílias;
  • Aumento da poupança interna do brasileiro.

Dimensão Política

A influência das políticas públicas tem se mostrado fundamental para o desenvolvimento do Turismo, uma vez que, a atividade turística necessita direta e indiretamente da estrutura institucional do estado e da infraestrutura pública para garantir melhores resultados em termos de geração de lucro para as empresas, emprego e renda para a economia. Ressalta-se que o crescimento econômico sustentável depende da estabilidade política, que poderá possibilitar a continuidade nas reformas estruturais, criando melhores condições para atrair investimentos para a economia em geral e para o setor de Turismo em particular.

Desta forma, para essa dimensão, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Transição democrática e madura 2010/2011;
  • Ambiente de estabilidade de regras para incentivar o investimento na economia brasileira;
  • Execução dos programas de investimentos em infraestrutura, com vistas à realização da Copa do Mundo de Futebol FIFA em 2014 e dos XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016;
  • Realização de investimentos públicos acompanhando o desenvolvimento do setor privado;
  • Consolidação do Brasil como liderança econômica e política na América do Sul.

Dimensão Social

O Turismo pode ser considerado importante ferramenta de desenvolvimento social, uma vez que age como catalisador do desenvolvimento de outras atividades econômicas em seu entorno e contribui para a qualidade de vida da população. Outro fato que merece ser destacado é a capacidade do Turismo no processo de inclusão social em regiões com poucas alternativas de desenvolvimento.

Os programas sociais, como o bolsa família e bolsa escola, executados nos últimos anos no país têm contribuído para a redução do trabalho infantil, a ascensão socioeconômica das classes mais pobres e dinamização de economias locais. O aumento da classe média tem efeitos sobre o consumo interno, inclusive de serviços e produtos turísticos. As condições macroeconômicas atuais contribuem para a continuidade deste quadro. Neste contexto, foram avaliadas as seguintes premissas para o período 2011-2014:

  • Manutenção dos programas de transferência de renda;
  • Ampliação da geração de postos de trabalho (formais e informais);
  • Redução das desigualdades regionais;
  • Redução dos níveis de pobreza;
  • Oferta de vagas para qualificação profissional.

Dimensão Ambiental

O agravamento dos problemas climáticos em nível mundial aumentou a discussão sobre as estratégias que deverão ser adotadas para garantir a sustentabilidade do Turismo nacional, essencial na preservação dos ecossistemas, uma vez que muitas de suas atividades acontecem em ambientes ecologicamente frágeis. Além disso, a utilização de práticas sustentáveis, além de representarem, a longo prazo, economia de recursos, contribui para a preservação do atrativo turístico.

Em relação às implicação das mudanças climáticas sobre o Turismo, a publicação do documento Climate Change and Tourism - Responding to Global Challenges, da Organização Mundial do Turismo, é o reconhecimento da importância do Turismo no processo de desenvolvimento sustentável. Segundo o documento, as alterações climáticas podem causar impactos diretos sobre os destinos turísticos, seus níveis de competitividade e de sustentabilidade. Principalmente, em determinadas regiões turísticas, onde o meio ambiente é o principal recurso para a atividade.

A realização da Confederação das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) em 2012, no Rio de Janeiro, estimulará as discussões sobre o tema na mídia brasileira, o que pode influenciar padrões de consumo em todo país. Para essa dimensão, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Ampliação das políticas de proteção ambiental;
  • Maior conscientização sobre as consequências do aquecimento global;
  • Maior utilização de práticas sustentáveis pelas empresas do setor;
  • Maior compreensão do Turismo como forma de sustentabilidade econômica da proteção ambiental;
  • Valorização do Turismo sustentável.

Agenda Governamental

A carga tributária elevada aumenta os custos de produção, o que reduz a competitividade dos produtos e serviços nacionais em relação aos estrangeiros. Para crescer a taxas maiores e de forma sustentável, o governo deve procurar alternativas para reduzir o peso dos impostos sobre os produtos e serviços nacionais, sem reduzir o volume dos investimentos necessários. A redução da carga tributárias poderá aumentar a competitividade do setor de Turismo nacional.

Do mesmo modo, a reforma da legislação trabalhista e a reforma previdenciária poderão contribuir para reduzir os custos de produção e para a redução da informalidade e melhoria das condições de trabalho no setor. São ações estratégicas não só para a composição de custo como também para o aperfeiçoamento da operação das empresas de Turismo, contribuindo para o desenvolvimento do setor. Sua realização melhorará o ambiente de negócios da economia brasileira, e o início de um novo governo abre espaço para a discussão e defesa desta agenda de reformas, que avançou pouco nos últimos anos. Nesse contexto, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Realização de reforma tributária;
  • Realização de reforma trabalhista;
  • Realização de reforma previdenciária.

Condições Internas

Estrutura de Mercado

O aumento da competição deve dominar o cenário das empresas do setor de Turismo nos próximos anos. A concretização dos investimentos públicos para a Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e para os XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016 vão consolidar a confiança dos investidores privados, que serão estimulados a ampliarem seus investimentos. A ocorrência de novos atores no mercado promoverá uma concorrência por preço e qualidade. Novos arranjos comerciais devem ser observados, devido ao interesse de grandes grupos estrangeiros no mercado brasileiro. Isto poderá promover mudanças na estrutura de mercado tradicional observada no Brasil.

Este contexto sinaliza para a necessidade de melhoria de gestão, governança corporativa e investimentos em tecnologia. A internet tende a se consolidar como canal de vendas, a partir da demanda do mercado consumidor, que possuirá um papel cada vez mais ativo e independente. Para o quadriênio 2011/2014, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Crescimento do setor turístico;
  • Aumento do papel da internet como canal de comercialização dos serviços turísticos;
  • Nível de exigência dos turistas, buscando melhor relação custo-benefício;
  • Tendência à concentração de mercado como ameaça às pequenas e médias empresas;
  • Investimentos em gestão, inovação e tecnologia para aumentar a produtividade das empresas da cadeia produtiva do Turismo;
  • Ampliação da qualificação da mão de obra em toda a cadeia produtiva do Turismo;
  • Expansão e renovação da oferta hoteleira.

Governança e Investimentos Públicos

A manutenção da política específica para o setor de Turismo, executada através do Ministério do Turismo, deverá afetar positivamente a dinâmica do processo de desenvolvimento turístico. O Plano Nacional de Turismo lançado em 2003 e, atualizado em 2007, definiu as diretrizes do planejamento da atividade, destacando a sua relevância na geração de divisas, emprego, renda e inclusão social.

O Programa de Regionalização do Turismo tem contribuído para o processo de desenvolvimento do Turismo brasileiro e deve continuar a orientar as ações de estruturação da oferta turística. Os 65 destinos indutores poderão estar sujeitos à análise conforme desempenho do seu índice de competitividade, de forma a estimular a qualificação do produto turístico brasileiro. Os investimentos do Programa de Desenvolvimento do Turismo, Prodetur Nacional, deverão suprir algumas necessidades atuais para o desenvolvimento turístico dos estados habilitados a participar do programa.

Em paralelo, os megaeventos esportivos, que possuem uma grande influência na atividade turística, deverão demandar uma nova linha de prioridade de ação para o setor público. Estes megaeventos serão responsáveis por uma oportunidade sem precedentes em termos de cooperação institucional, tanto entre gestores públicos quanto na integração público-privada. Para essa dimensão, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Mobilização e cooperação entre poder público e iniciativa privada, para a realização da Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e dos XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016;
  • Garantia dos investimentos, das três esferas de governo para viabilizar a infraestrutura necessária à Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e aos XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016;
  • Ação interministerial para a realização de investimentos ligados, direta e indiretamente, ao Turismo para a realização da Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e dos XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016;
  • Manutenção e aceleração dos programas de investimentos em infraestrutura;
  • Estímulo aos processos de participação e descentralização das políticas públicas de Turismo e fortalecimento das instâncias de governança;
  • Monitoramento e avaliação do Plano Nacional de Turismo;
  • Fortalecimento político-institucional da gestão pública do Turismo em âmbito nacional, estadual e municipal;
  • Apoio do Congresso Nacional ao setor de Turismo;
  • Implementação efetiva da Lei Geral do Turismo.

Investimentos Privados

A estabilidade econômica e a manutenção das regras são fatores fundamentais para a ampliação dos investimentos privados no Turismo brasileiro. O setor de Turismo brasileiro. O setor de Turismo também possui particularidades quanto ao financiamento e adequação das linhas de financiamento existentes. Para o quadriênio 2011/2014, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Adequação e ampliação das linhas de financiamento para o Turismo (prazo, taxas e garantias), com vistas à realização da Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e dos XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016;
  • Ampliação dos investimentos em hotelaria, realizados por grupos nacionais e internacionais;
  • Ampliação da capacidade de investimento nas empresas aéreas nacionais, com o aumento da participação do capital estrangeiro;
  • Ampliação dos investimentos privados nos destinos turísticos;
  • Qualificação dos tomadores de crédito.

Acesso e Mobilidade

Uma das principais limitações para o desenvolvimento do Turismo brasileiro diz respeito às questões de acesso e mobilidade urbana. Desta forma, o desenvolvimento do Turismo no País está condicionado a uma mudança na regulamentação e regulação do transporte aéreo internacional para o Brasil, ao crescimento no número de voos internacionais, à melhora na regulamentação e regulação do transporte aéreo doméstico e à melhor e maior integração da malha aeroviária e das condições das vias de acesso terrestres e aquaviárias.

Em relação à infraestrutura, diversos investimentos relacionados à mobilidade urbana e à acessibilidade aérea, terrestre e aquaviária serão realizados, para permitir a realização bem-sucedida da Copa em 2014, quando são esperados cerca de 500 mil turistas, apenas no mês de realização do evento. O país terá uma substancial melhora em termos de logística de transporte, o que será extremamente positivo para o Turismo. Para essa dimensão, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Execução do PAC da mobilidade urbana para a Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014;
  • Ampliação e melhoria da infraestrutura aeroportuária e da capacidade de atendimento dos principais terminais aéreos do país;
  • Ampliação do número de voos internacionais para o Brasil;
  • Ampliação da oferta de assentos e destinos pelo transporte aéreo doméstico;
  • Melhoria da integração da malha aeroviária doméstica;
  • Capacidade das empresas aéreas brasileiras em atender a demanda futura; Fortalecimento da aviação regional;
  • Melhoria das vias de acesso (terrestre e aquaviária) aos destinos turísticos;
  • Melhoria da sinalização turística urbana e rodoviária;
  • Gestão estratégica da informação relativa à logística de transportes para o Turismo.

Turismo Internacional

Os principais destinos emissores dentre os países desenvolvidos ainda sofrerão com os impactos da crise econômica, principalmente pela evolução dos índices de desemprego e da dificuldade de acesso ao crédito. Isso terá impacto nas viagens de norteamericanos e europeus ao Brasil, um destino de longa distância e com custo ainda elevado. Os fluxos de Turismo internacional devem se intensificar com origem nos BRICs, principalmente China e Índia, alavancados por mútuos interesses comerciais. Adicionalmente, o Brasil terá um reforço espontâneo de exposição na mídia por conta da realização da Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e dos XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016. Estes eventos poderão também incentivar o aumento das viagens oriundas dos países vizinhos ao Brasil, reforçando o fluxo turístico intrarregional.

Outro ponto a ser ressaltado é o conjunto das ações do Ministério do Turismo, que por meio da Embratur, vem realizando um consistente trabalho na promoção do destino Brasil no exterior, iniciando a trajetória necessária para a consolidação do país como um destino turístico global. Para o quadriênio 2011/2014, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Visibilidade ampliada do Brasil na mídia internacional, ao sediar os megaeventos Jogos Militares, Rio +20, Copa das Confederações, Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 e XXXI Jogos Olímpicos Rio 2016;
  • Flexibilização dos acordos bilaterais com relação à entrada dos estrangeiros no país;
  • Facilitação dos processos de emissão de vistos;
  • Modelo operacional verticalizado para operadoras internacionais na comercialização do destino Brasil, sem integração com atores locais;
  • Maior participação dos países em desenvolvimento no mercado global de Turismo; consolidação do Mercosul como principal mercado para o Brasil;
  • Fortalecimento da estratégia de promoção do Brasil no exterior;
  • Consolidação do Brasil como destino para eventos internacionais.

Turismo Doméstico

O mercado turístico doméstico tem crescido exponencialmente, sustentando a demanda em momentos em que a conjuntura externa apresentou-se desfavorável. Dessa forma, esse mercado consumidor vem ganhando relevância, alvo tanto de ações comerciais da iniciativa privada como de políticas públicas.

Para essa dimensão, foram avaliadas as seguintes premissas:

  • Inclusão de novos mercados consumidores para o setor de Turismo;
  • Maior participação do Turismo na cesta de consumo das famílias;
  • Aumento do número de viagens domésticas;
  • Melhoria da qualidade dos produtos e destinos turísticos;
  • Consolidação dos produtos turísticos regionais.

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